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A diretoria e o Conselho Superior da Associação Empresarial e Cultural de São Lourenço do Oeste (Acislo) se reuniram, no final da tarde desta segunda-feira (8), no auditório da entidade, com os sete vereadores que subscreveram o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 02/2025, protocolado na Câmara em 19 de novembro. A proposta prevê a ampliação do número de cadeiras no Legislativo de nove para onze a partir da legislatura de 2029.
O encontro teve como objetivo promover um diálogo direto entre a classe empresarial e os parlamentares sobre o projeto, que tem gerado amplo debate na comunidade. A Acislo, por meio de sua atual diretoria e do Conselho Superior, formado por ex-presidentes da entidade, já havia definido posicionamento contrário à proposta, motivado principalmente pelas manifestações e cobranças dos associados.
A presidente da Acislo, Josiane Amadori Boito, explica que a decisão de promover a reunião partiu de um encontro interno da associação realizado na última sexta-feira (5). “Nós tivemos uma reunião inicial entre diretoria e Conselho Superior para definir qual seria a nossa ação em relação a esse projeto, até pela cobrança dos nossos associados. A maioria se manifestou contrária, e entendemos que seria importante ouvir também os vereadores”, afirmou.
Segundo Josiane, a proposta apresentada ao presidente da Câmara foi justamente abrir o espaço para a exposição dos dois lados. “Quando a gente se dispõe a conversar e a expor os posicionamentos, todos conseguem enxergar a visão de cada parte. A Acislo permanece contrária ao aumento neste momento, mas entendemos também os argumentos apresentados pelos vereadores”, pontua.
Durante a reunião, os parlamentares apresentaram fundamentos jurídicos e números que embasam a proposta. De acordo com a presidente, houve explanações sobre legalidade, moralidade e prerrogativas do Poder Legislativo, além de dados relacionados a custos e recursos. “Eles expuseram a parte jurídica, deixando claro que tudo segue a legalidade. Também trouxeram números e suas ponderações finais”, relata.
Josiane destaca que o clima da reunião foi de respeito e diálogo. “Foi uma conversa amigável. Nós prezamos muito pela parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Mesmo com opiniões divergentes, entendemos que Executivo, Legislativo e entidades devem caminhar juntos pelo bem da cidade”, afirma.
A presidente reforça que a posição da Acislo não é contra a instituição Câmara ou os vereadores, mas, neste momento, contra o Projeto de Emenda que prevê aumento de duas cadeiras no Legislativo. “Nós entendemos que, legalmente, existe a possibilidade pelo número de habitantes. Mas, neste momento, não consideramos oportuno. Isso não significa que futuramente a entidade não possa rever esse posicionamento”, explica.
Ela também fez um apelo à população para que o debate ocorra de forma respeitosa, especialmente nas redes sociais. “As manifestações são legítimas, mas não podemos incentivar a falta de respeito ou agressões verbais. O vereador é um representante eleito, merece respeito, assim como a Acislo também precisa ser respeitada enquanto entidade”, destaca.
Sobre os próximos passos, Josiane confirmou que o diálogo segue aberto. “O projeto deve ser votado em segundo turno no dia 19, mas a Acislo continua à disposição para o diálogo. Temos enquetes sendo respondidas pelos associados e pela comunidade para medir esse termômetro. Também teremos entrevistas com ex-presidentes explicando nosso posicionamento”, adianta reafirmando que a Acislo é contra, neste momento, ao aumento do número de cadeiras no Legislativo lourenciano. Participaram da reunião, além dos sete vereadores autores do projeto, a nova diretoria da Acislo, membros do Conselho Superior e o assessor jurídico da entidade.
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