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Com a participação de cerca de 120 pessoas, na noite da última quinta-feira (8), a Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste (Acislo), propôs a discussão sobre o eSocial, ou seja, o projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados.
Segundo o diretor da CR Sistemas Evaldo José Burcoski, que ministrou a palestra, o objetivo da discussão foi despertar a percepção de que o eSocial é algo que vai alterar o procedimento das empresas. “As empresas precisam ter a percepção do que precisa ser feito, pois o volume de informação é muito grande e o tempo é curto”, adiantou ele.
Conforme Burcoski, ainda há poucas empresas que têm a percepção real das exigências do eSocial. Ele alerta que não é nada assustador, contudo, é volumoso e vai exigir uma reflexão das empresas sobre o que responder.
Burcoski explicou que hoje as áreas, como é caso do departamento pessoal, têm diversas obrigações mensais e anuais perante o governo. Contudo, com o eSocial todas as informações serão substituídas por uma única informação diária. “Essas informações que hoje existem são enviadas a órgãos diferentes do mesmo governo. Elas não falam entre si. A partir do eSocial a informação será única e compartilhada por todos os entes do governo”, explicou ele.
Embora existam algumas dúvidas em relação a data que o projeto entrará em funcionamento, Burcoski disse que o eSocial passará a integrar as atividades das empresas ainda nesse ano.
A previsão é que o eSocial entre em funcionamento em outubro. Acontecendo isso, oficialmente as empresas terão três meses para se prepararem para o saneamento de dados.
De forma resumida, o palestrante disse que o projeto é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) eletrônica e a única forma de as empresas se comunicarem com o governo federal.
O projeto eSocial é uma ação conjunta de órgãos e entidades do governo federal como Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Segundo a coordenadora do Núcleo dos Profissionais da Contabilidade da Acislo Débora Machado Tres, a discussão foi proposta, pois é preciso sensibilizar os empresários de que o novo arquivo não será apenas uma responsabilidade dos contadores. “Todo mundo vai ter que trabalhar junto para que a coisa funcione. Não tem mais como dar aquele jeitinho brasileiro”, adiantou ela.
Publicada em 12/05/2014
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