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Na noite desta
quarta-feira (29), no auditório da Associação Empresarial de São Lourenço do
Oeste (Acislo), empresários participaram de uma palestra que abordou assuntos
como ética, compliance e responsabilidade social. A discussão foi coordenada
pela consultora de sustentabilidade da Federação das Associações Empresariais
de Santa Catarina (facisc), Adelita Adiers.
Durante a sua fala, a
consultora buscou, primeiro, demostrar o que significa a responsabilidade
social e de que forma ela se conecta com os negócios. “Responsabilidade social
é um caminho para a sustentabilidade. Quando nós falamos em sustentabilidade,
falamos diretamente com os negócios das empresas, com cuidados e os impactos
que essas ações vão ter em relação ao seu negócio, a reputação da marca e a
perenidade no negócio”, disse frisando que outro assunto abordado foi a
integridade. Para abarcar tudo isso, Adelita abordou alguns programas de compliance
e como as empresas devem olhar para essa questão, já que diariamente há a
exposição de cenários de corrupção.
Apesar de a Facisc
estar abrindo a discussão sobre sustentabilidade e responsabilidade social, a
consultora lembra que o entendimento sobre o assunto ainda diverge entre o
setor empresarial. Segundo ela, algumas pessoas enxergam a sustentabilidade
apenas pelo viés ambiental, assim como a responsabilidade social pelo viés
assistencialista. “O meu propósito, enquanto profissional da sustentabilidade,
é fazer a tradução dessas duas nomenclaturas de forma prática para que as
pessoas identifiquem isso em seus negócios”, disse emendando que
sustentabilidade e responsabilidade social garantem o equilíbrio entre três
dimensões, ou seja, econômica, social e ambiental.
Embora a palestra seja
o primeiro passo para que os empresários sejam sensibilizados sobre o assunto,
Adelita lembra que a Facisc tem uma área de responsabilidade social já
consolidada e a sustentabilidade é uma das diretrizes de atuação. “Dentro desse
conceito de sustentabilidade nós estamos desenvolvendo um programa chamado AL-Invest
de cooperação internacional com a União Europeia, onde trabalhamos o
fortalecimento das micro e pequenas empresas e um dos temas é a
responsabilidade social. A ideia é desenvolver ações como oficinas e cursos
para que as empresas se sintam próximas das temáticas e consigam implementar ou
melhorar as suas práticas”, acrescenta.
Importância
De acordo com o
presidente da Acislo, Márcio Nierotka, a abordagem é importante, pois ganha
corpo num momento em que o país atravessa uma crise de ética, onde a corrupção
está impregnada em vários setores. “Nós precisamos entender que o processo de
corrupção não está inserido apenas nas administrações públicas, mas também nas
empresas privadas”, lembra afirmando que é preciso rever algumas questões do
cotidiano.
Nierotka defende a
ideia de que os líderes políticos vieram da sociedade e estão no poder, pois
foram eleitos pela comunidade. “Nós devemos cobrar atitudes éticas deles, mas
também precisamos iniciar um processo para coibir a corrupção dentro das nossas
empresas e no nosso dia a dia”, finaliza.
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