Superávit da balança comercial recua 20% em agosto, para US$ 2,44 bilhões

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A balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações menos importações) de US$ 2,44 bilhões em agosto deste ano, informou nesta quarta-feira (1) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na comparação com agosto do ano passado, considerada mais apropriada por especialistas, houve uma queda de 20%, uma vez que foi registrado um saldo positivo de US$ 3,05 bilhões em agosto de 2009.

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram recuperação da corrente de comércio no mês passado, quando tanto as exportações, que somaram US$ 19,23 bilhões, ou US$ 874 milhões por dia útil, quanto as compras do exterior, que totalizaram US$ 16,79 bilhões em agosto, o equivalente a US$ 763 milhões de média diária, foram as maiores desde setembro de 2008.

Acumulado do ano
No período de janeiro a agosto deste ano, o governo informou que a balança comercial registrou um superávit de US$ 11,67 bilhões, o que representa uma queda de 41,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo estava positivo em US$ 19,87 bilhões.

As principais explicações para a queda do superávit comercial em 2010 são o forte ritmo de crescimento da economia, estimado em 7%, por economistas do mercado financeiro para todo este ano, e o dólar baixo (que torna importações mais baratas e encarece as vendas externas). Com a economia aquecida, sobem as importações de matérias-primas e máquinas e equipamentos para a produção, enquanto que o dólar barato estimula as compras de bens de consumo do exterior.

Números do Ministério do Desenvolvimento mostram que as compras do exterior avançam, em 2010, a um ritmo bem mais forte do que as exportações brasileiras. De janeiro a agosto, as importações somaram US$ 114,42 bilhões, ou US$ 685 milhões por dia útil. Já as vendas ao exterior totalizaram US$ 126 bilhões no acumulado deste ano, o equivalente a US$ 755 milhões por dia útil. Em 2010, as importações subiram 45,7%, e as exportações avançaram 28%.

O que é?
A balança comercial é um dos componentes das contas externas brasileiras. Devido também ao fraco resultado da balança neste ano, as chamadas "transações correntes", formadas pela balança comercial, pelos serviços e pelas rendas, deve registrar em 2010, segundo o BC, um déficit de US$ 49 bilhões - o maior da história.

Com isso, o Brasil vai passar a depender de aplicações financeiras (entrada de recursos no país para bolsas de valores e renda fixa) e de empréstimos do exterior para cobrir o rombo das contas externas, uma vez que os investimentos estrangeiros diretos (destinados à produção) devem somar US$ 38 bilhões neste ano, de acordo com estimativa da autoridade monetária.

Aplicações financeiras são consideradas capital mais "volátil" (pois podem deixar rapidamente o país em caso de turbulências) pelos economistas. Entretanto, especialistas lembram que o Brasil possui mais de US$ 250 bilhões em reservas internacionais em caixa - fator que confere mais tranquilidade para as contas externas brasileiras.

Previsões para 2010 e 2011
Os economistas de instituições financeiras acreditam que, com o forte crescimento da economia e com o dólar barato, a balança comercial deve ter um superávit de US$ 15 bilhões neste ano. Para a CNI, o saldo positivo será menor ainda: de US$ 10 bilhões.

No ano passado, o superávit comercial revisado somou US$ 25,34 bilhões, com um crescimento de 1,5% sobre o superávit registrado em 2008 (+US$ 24,95 bilhões). Para 2011, porém, a estimativa dos economistas dos bancos é de um superávit comercial menor ainda, de US$ 8,1 bihões.

Publicada em 01/09/2010

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